19 de fevereiro de 2024
Quando o mundo real produz cenas tão brutais que superam até mesmo os limites da ficção com imagens monstruosas e irreprodutíveis, é o momento em que a humanidade deve admitir de vez a existência de alianças do mal. Embora os brilhantes criadores da aclamada série israelense “FAUDA” (CAOS) tenham explorado realisticamente os conflitos da região, jamais imaginariam – em seus maiores devaneios criativos – serem possíveis os eventos chocantes protagonizados pelos terroristas do Hamas, em Israel, no fatídico 7 de outubro. Os criadores de “FAUDA”, certamente, hesitariam em reproduzir cenas tão atrozes. A realidade ultrapassou todos os limites do que é possível de ser exibido nas telas do cinema, ou de ser tolerado na vida real.
O protagonista e um dos autores de “FAUDA”, Lior Raz, que havia saltado da realidade desse conflito histórico diretamente para as telas do cinema, se viu no dever de fazer o caminho inverso e, assim, voltar à cena mais brutal que sua arte poderia supor, juntando-se, voluntariamente, ao grupo denominado “Brothers in Arms” para ajudar habitantes da cidade de Sderot, no sul de Israel, onde gravou um vídeo em meio ao lançamento de mísseis. Raz integrou as Forças de Defesa de Israel e atuou como agente secreto da Unidade 217, conhecida como Duvdevan (cereja), uma alusão ao fato de ser a única coisa que se encontra acima do creme, acima da nata das mais capacitadas forças especiais do mundo. Ele trouxe para a tela relatos de suas experiências e vivências desse conflito, desafiando os espectadores a distinguir o que é ficção e o que é realidade.
Para os brasileiros, especialmente os cariocas, “FAUDA” pode ser comparada ao realismo de “Tropa de Elite”, ambos apresentando uma visão parcial das realidades complexas e turbulentas do Rio de Janeiro e dos conflitos do Oriente Médio. A conexão entre Brasil, Israel, Hamas, e o mundo diante desse ataque terrorista é a luta eterna entre o bem e o mal, a subversão dos valores civilizacionais que foram construídos ao longo de milênios.
As facções criminosas no Brasil, responsáveis por um grande número dos quase 60 mil homicídios anuais, dominam territórios comparáveis aos de nações inteiras tanto em tamanho quanto em população. Embora o Hamas, classificado como uma organização terrorista, possa parecer pequeno em comparação, sua influência não se mede em termos de área geográfica ou número absoluto de vítimas, mas pelo terror que propaga, pela influência que exerce e pela instabilidade que causa em escala global.
As evidências dos paralelos entre estes atores, aparentemente distintos, são claras. Tais organizações adotam um modus operandi consistente em perpetrar atos de violência extrema, abalando profundamente a consciência civilizada, e subsequentemente, com audácia quase teatral, reivindicam a posição de vítimas quando enfrentam a aplicação da justiça. Contam com o apoio de políticos inescrupulosos, meios de comunicação ávidos por narrativas sensacionalistas lucrativas, e setores acadêmicos que, isolados em suas torres de marfim, idealizam o caos de forma romântica e subversiva, mas não gratuita.
Este cenário constitui uma distorção grotesca da realidade, um verdadeiro teatro do absurdo, onde criminosos são celebrados como revolucionários, e terroristas, vistos como libertadores. A quem interessa transformar uma organização terrorista como o Hamas em um movimento de resistência legítimo? Quem está lucrando ao relativizar o mais hediondo dos crimes, o genocídio? É imperativo nomear estes agentes pelo que verdadeiramente são: criminosos e terroristas. Não há espaço para ambiguidades ou eufemismos ao defender os pilares da sociedade contra aqueles que se beneficiam de sua destruição. A perpetuação dessa narrativa perigosa é intolerável, não havendo justificativa ou causa nobre que possa legitimar a intenção de exterminar um povo.
Enquanto falamos, Israel resiste não apenas por sua própria sobrevivência, mas pela nossa. Eles não podem ficar sozinhos nesta luta. Cada ataque terrorista, seja em Tel Aviv, Paris ou Nova York, é um ataque a todos nós, uma afronta à liberdade e à paz que devemos valorizar acima de tudo. E ainda assim, vemos um padrão perturbador de governos que acobertam, de mídias que distorcem e de figuras públicas que hesitam em condenar veementemente essas ações. É hora de desmascarar o espectro político que fomenta o terrorismo no mundo e expor a maldade escondida atrás de ideologias nefastas. A verdade é clara e inequívoca: não há meio-termo no combate ao terrorismo. Ou você está do lado da humanidade, ou está do lado do caos e da barbárie. As pessoas de bem do mundo todo que dormiram nas últimas décadas, em parte por desesperança ou pelo total desprezo pela classe política mundial, devem acordar, não é mais possível ficar à margem, assistindo o mundo se desintegrar em narrativas que justificam o terrorismo e a violência como meio legítimo de se obter justiça social. A inércia dos bons poderá fazer seus piores pesadelos se tornarem realidade.
Veja também
Veja onde comprar por menos de mil reais essa pequena maravilha
Ele ainda nem sonha em parar
Um relato emocionado de uma vítima da crueldade extrema do Hamas
A vida pode ser mais interessante se estiver vivo
Um dia difícil que vai entrar para a história desse profissional
O autoritarismo do argumento que não tem sustentação além do simplório
Ela conquistou a todos com composições tocantes e sinceras
Conheça os sintomas e previna complicações durante sua rotina de treino
Esta situação ressalta a pressão constante sobre os atletas em relação à sua imagem física
Pesquisadores e autoridades temem a transmissão para humanos e outras espécies
Uma realidade tão violenta que a própria ficção jamais imaginaria